domingo, 31 de agosto de 2003

A mesma piada




Dizem que uma piada só tem graça uma vez.

Descubro uma exceção à regra.

Me diverti com "Lisbela e o Prisioneiro" na TV, repeti a dose no teatro e agora ri como se tivesse vendo algo inédito com aversão cinematográfica.

Selton Mello está mesmo muito bem, mas outro Mello rouba a cena. Tadeu Mello está perfeito, como já fazia na versão teatral.

E a trilha tem momentos muito bons, com Caetano Veloso e Elza Soares.


Meu Nome é Eletro

Nunca fui muito com a cara do Enéas, o eterno candidato do Prona, deputado federal.

Sua excentricidade já me divertiu, mas sempre julguei-o um doido-de-pedra.

Agora o destino me colocou cara-a-cara com o Dr. Enéas, numa tentativa de avançar meus conhecimentos em eletrocardiograma.

E (pasmem!) descobri um mestre interessadíssimo, tão pontual quanto no horário eleitoral, divertido, metódico e criador de expressões impagáveis como "a orgia elétrica dos átrios".

Hehehe!

Impagável!

quinta-feira, 28 de agosto de 2003

Cadê minha colher de fazer arroz?

Nunca tinha morado fora antes.

Ontem depois de voltar de casa, já me lembrei da dureza de morar sozinho.

Pra mim, isso significa queimar a mão ao menos uma vez ao dia.

E agora estava procurando minha colher de pau, tão prestativa.

E não achei.

Mas lembrei que um dia antes de viajar, tinha lavado a louça suja e tido a brilhante idéia de colocá-la pra secar na janela...

E o inocente aqui ainda foi olhar na janela...heheh.
A pista

Antes de me mudar para São Paulo, já vinha pensando num novo blog, por achar que o Guindaste não combinava com a mudança. Em casa, redescobri esses registros. E com eles, dicas para a mudança...
Assinando embaixo...

dos comentários do Nandu sobre a vitória de D-2 no VMB.

(Nandu, não assinei lá mesmo, porque os comentários não tavam funcionando.)
Sp, again

Três quilos mais gordo, paparicado por vovó, vovô, papai, mamãe, irmãos, tios e tias, primos e primas, horrorizado com a adolescência prolongada do meu irmão caçula, muitas horas de sono acumuladas, nenhum estudo e com muita saudade da minha pequena, cá estou de volta à Paulicéia.

Não me constranjo de chamar "São Paulo" de casa.

É, São Paulo é também minha casa.

Não sou paulista, continuo um goiano legítimo (pero no mucho), mas só tenho a agradecer aos meus primeiros seis meses que Sampa me ofereceu dentro e fora deste pequeno quarto-sala-banheiro-cozinha-e-nada-mais perdido na imensidão da metrópole.

Mas ao mesmo tempo que digo que São Paulo é minha casa, estou mais apaixonado que nunca por Goiânia.

Êta, cidade boa com todas as suas imperfeições.

Tudo tão perto, 10-15 minutos de carro...Tudo verdinhooooooo....Céu azulzinhoooo.... que aí você nem fica tão frustrado de só poder ir no teatro uma vez ao mês....hehehe.

É, um dia eu volto, Goiânia.

Não fica com ciúmes, São Paulo.


Born to be brega

Não sei o que faz de algo brega ou chique.

Já gostei e ainda gosto de algumas coisas tidas como bregas.

Mas entre os cantores que gosto, sempre há algum reinventando pérolas do mundo brega, o que faz você pensar: "Era brega mesmo? Ou apenas quem cantava era brega?"

Chico César é figura fácil nesse terreno. Gravou "Sou Rebelde" (da Lílian do Leno, sabem?) e "Filme Triste", ambas muito convincentes.

Zeca Baleiro chamou Genival Lacerda pra cantar "Parque da Juraci" e no último show que assiti, já incluiu um "Vai Lacraia" entre os versos de "Piercing".

Adriana Calcanhotto também já se lambuzou. Fez de "Devolva-me" hit, e registou uma belíssima versão de "Do fundo do meu coração", com Erasmo Carlos.

E Marisa Monte? Que citava versos de Gretchen no início da carreira e no último show entoava abertura com aquela musiquinha-de-motel francesa (gemidos entremeados a je taime) e com "Eu te amo, te amo, te amo" (Roberto Carlos)?

Maria Bethânia tornou "É o Amor" audível. No show, entremeado às provocações de "Resposta" (Maysa) e "Fala Baixinho" (Pixinguina), passa batido.

Mas a coroa nessa área é do irmão Caetano Veloso, que já passeou sem cair de "Eu vou tirar você desse lugar" (Odair José, e "esse lugar" é justamente onde você está pensando) a Peninha ("Sonhos" e "Sozinho") e agora está fazendo bonito com uma versão do (pra mim) desconhecido Fernando Mendes., na trilha de "Lisbela e o Prisioneiro".

segunda-feira, 25 de agosto de 2003

Todo Homem é um Abismo

A frase acima é destaque da peça Woyzeck, Desmembrado, que encerrou sua existência ontem, aqui em Goiânia.

Se todo homem é um abismo, Woyzeck é um abismão.

Pra melhorar, a versão-viagem da peça aprofunda o abismo.

São 22 cenas sorteadas aleatoriamente por um bingo e apresentadas isoladas.

Minha empolgação não resistiu.

Nem a comovente entrega do protagonista Matheus Nachtergaele.

Saí tontinho, tontinho. Não sabia se aquilo era teatro absurdo ou um absurdo de teatro.

Só faltava Gerald Thomas baixar ali no [Teatro] Rio Vermelho e mostrar a buzanfa pra confirmar uma das suas opções.

A peça se soma ao longa nacional "Um Copo de Cólera" e ao americano "Cidade sos Sonhos" no meu top3 da categoria: "Será que eu entendi?".

Se houvesse um Pronto-Socoro Teatral, entraria ali na hora gritando: "Besteirol Urgente na Veia", "Mauro Rasi", "Falabella, Rápido!" "João Falcão Agora!". Rá-rá-rá!

Mas enfim, descendo as escadas, me deparei com um casal lendo o programa da peça e flagrei o seguinte (e impagável) diálogo:

_ "Olha só: 'Woyzeck foi escrito em 1837 por Geor Bücnher, que morreu nesse mesmo ano, aos 23 anos.'"
_ "Nossa! Aos 23 Anos?"
_ "Ainda bem, né?"


Rá-rá-rá!

domingo, 24 de agosto de 2003

Crise de Identidade

Estou enfrentando uma crise de identidade em relação ao Guindaste.

Criei este pequeno blog na ansiedade e na agitação do período pré-internato (o último ano de um curso de Medicina), com a intenção de delimitar um espaço (mesmo que virtual) para registros dos meus desabafos, fracassos, medos, e (por quê não?) conquistas durante a caminhada.

Do peso dessa fase (e da música do Kid Abelha), vem o título original "Minha Cabeça Parece Um Guindaste".

Hoje não consigo me reconhecer nesse refúgio.

Mudei.

Não só mudei, como me mudei.

Só de ter concluído o curso (Virei Médico! hahaha), e de ter conseguido uma vaga para minha tão-sonhada-residência-em-Clínica-Médica, restou muito menos peso para minha cabeça erguer (ou içar).

Depois de ter lidado bem com uma mudança pra São Paulo, parece que o Guindaste definitivamente se esvaziou.

Hoje não consigo mais me reconhecer no antigo blog.

Me parece muito impessoal.

Uma vontade de mudá-lo a todo instante insiste em escapar pelas frestas.

Duas avaliações externas comprovam minha falta de inspiração e quão perceptível essa crise é.

Primeiro, do meu Tio Amadeu (ele é do tempo em que a seleção de basquete era mesmo o Dream Team e tinha o Magic Johnson), que me disse assim:

Cê sabia que eu já considerei o Guindaste um dos melhores blogs que eu conhecia (quando vc levava ele à sério)?


Depois me deparei com uma corretíssima avaliação do meu conterrâneo e futuro colega Gustavo:

Não sei se o problema é comigo, mas essa linguagem telegráfica é irritante! Deixa de ser lacônico, rapaz. Eu tenho certeza que vc tem muita coisa boa pra falar além de críticas de cinema e teatro.


Enfim, não sei onde essa crise vai dar...

Mudança de nome, de endereço, fuga..., mas alguma coisa em mim essa crise há de içar.

;-)
Qualquer coisa que se sinta
Entre tantos sentimentos, deve ter algum que sirva


Meu amor,
não há mal nenhum em gostar assim


Refrões que grudaram em minha cabeça nesse final de semana

sábado, 23 de agosto de 2003

O Homem do Ano

Saindo do cinema depois de O Homem do Ano, tive a impressão de que já tinha visto aquilo antes.

Talvez com o nome Mamãe é de Morte (com a Kathleen Turner).

Sou extremamente tolerante com o cinema nacional, mas acho que esse longa da Conspiração não sai de um apático "regular".

Não gostei das atuações, das participações especiais (fraquíssima a do diretor José Henrique Fonseca, anêmica a do cantor Paulinho Moska... e até uma figuração de Preta Gil [alvo de uma imperdível piada do KibeLoco] ).

De positivo, o ressurgimento de Natália Lage, com uma atuação acima da média.

quinta-feira, 21 de agosto de 2003

Calma, Guindaste!

Papai não esqueceu de você.

sexta-feira, 8 de agosto de 2003

Férias - Casa - Goiânia - Goiás

quinta-feira, 7 de agosto de 2003

Mais eu

Que acidente foi esse de a Ana Maria Braga cantar no Programa do Jô?

Ai, meus ouvidos!

segunda-feira, 4 de agosto de 2003



Tive um Hopi-Day:

Ai, minhas costas!

Dois hematomas!

Pára tudo que eu quero descer!

Rá-rá-rá!


Pedro, Vanda, Geraldo e Regina

Semana passada, fui assistir à peça Pedro e Vanda, no Crowne Plaza.

Cheguei em meios a flashes e burburinho geral.

Não para mim, claro.

Era o Seu Geraldo. O Alckmin. O Governador. Com Dona Regina. A Duarte. A mãe da Gabriela, protagonista da peça.

Deu uma vontade de chegar perto dele (que na platéia, ficou logo atrás de mim) e perguntar se o aumento ia sair mesmo. Ou então pedir um incentivozinho pros hospitais do Estado.

Sobre a peça: simpática.

Daniel Faleiros (o Super15 da Telefônica) está na medida pro papel. Perfeito.

Agora Gabriela vai precisar comer muito feijão com angu pra um dia chegar a ser meia Regina, La Duarte.
Anima Mundi

Sabe daquelas coisas que eu dizia: "não perderia, se morasse em São Paulo"?



Agora eu não perco!

Muito Bom!
Içar

Guindaste é cultura!!! Olhem o e-mail curioso que recebi:

Olá,
Estava procurando um site sobre acidente de guindaste, e me deparei com o seu Blog.... somos uma empresa que presta serviço com guindaste, achei curioso a formar como vc coloca "erguido por guindaste" não sei se vc é do nosso ramo mas esse termo não esta completamente errado, vc deveria colocar "içado por um guindaste".

isso é só um comentário que eu achei muito legal o seu Blog.

Boa Sorte