Jussara SilveiraUma das coisas que mais gosto em São Paulo é a diversidade de suas opções culturais.
Sexta, assisti (de graça) ao belo show da mineira-baiana
Jussara Silveira no prédio do Itaú e, assim, avancei mais alguns passos na interpretação de
A Volta da Xanduzinha, do
Tom Zé; que (agora eu sei) é uma referência a Xanduzinha, do mestre
Luiz Gonzaga.
O caboclo Marculino
Tinha oito boi zebu,
Uma casa com varanda
Dando pro Norte e pro Sul
Seu paiol tava cheinho
De feijão e de andu,
Sem contar com mais os cobres
Lá no fundo do baú
Marculino dava tudo
Por um cheiro de Xandu
Ai, Xandusinha,
Xandusinha minha flor,
Como foi que você deixou
Tanta riqueza pelo meu amor
Ai, Xandusinha,
Xandusinha meu xodó,
Eu sou pobre mas você sabe
Que o meu amor
Vale mais que ouro em pó
sofrimento não me assusta
mariá
é meu vizinho de boas tardes
mariá
conhecer a ingratidão
isso não, isso não, isso não
quando ela tinha nada
mariá
eu abri a casa toda
mariá
quando eu precisei dela
mariô, mariô, mariô
foi quem sabe a vaidade
ou “os oito boi zebu
ou a casa com varanda
dando pro norte e pro sul”
fiz a caminha dela
no manacá
o sapatinho dela
no manacá
e a roupinha dela
no manacá
cadê agora
mana maninha
como é triste recordar
sofrimento não me assusta
a beleza do seu riso
é demais pra se lembrar
o vestido dos seus olhos
se vestiu pra descansar