domingo, 29 de junho de 2003

Didi Mocó


Toda vez que um filme do eterno trapalhão Didi estréia, me divirto em ver a crítica espinafrando a película.

Mas garanto que continuo achando a mesma graça em Didi e me divertindo mais com ele do que com as críticas.

Garanto ainda que não esqueci a extenda filmografia dos Trapalhões.

E que nunca esquecerei a magia de uma matinê (lotada), com pipoca, balinha e filme de Dedé, Mussum, Didi e Zacarias.


Comediante conduz subproduto da relação entre TV e cinema
TIAGO MATA MACHADO
CRÍTICO DA FOLHA

Enquanto Didi, o cupido trapalhão do título, tenta aproximar a dondoca Julieta (a apresentadora Jackeline Petkovic) do motoboy Romeu (o cantor Daniel), Renato Aragão, o comediante e empresário que o interpreta, dedica-se à nada angelical tarefa de intermediar e acomodar os interesses envolvidos na produção de seu filme.
"O Cupido Trapalhão" é mais um filme-franchising em que Aragão parece ceder a marca "Trapalhão" para grandes corporações da indústria cultural brasileira interessadas em incrementar o marketing de seus artistas prediletos, suas celebridades pré-fabricadas.
Nesse sentido, e apenas nesse, a nossa indústria cultural parece ter evoluído muito: as novas e efêmeras celebridades de hoje são forjadas com a mesma rapidez e facilidade com que se fabricam os seus corpos. A garota da banheira do Gugu, o pagodeiro sarado, a ex-coelhinha da "Playboy", o ex-vencedor do "Big Brother Brasil", o astro do comercial de tevê, a dupla sertaneja em ascensão: é toda essa geléia geral da "sociedade do espetáculo" brasileira que comparece na festa de "O Cupido Trapalhão", para exibir os seus dotes. Vale tudo por dinheiro.
A tal festa em que Didi, o anjo tornado mordomo, tenta alvejar o casal de protagonistas com a flecha do amor foi encenada, ao que parece, na casa de Aragão. A festa serve de pretexto para a apresentação ininterrupta das diversas e devidamente apadrinhadas atrações musicais da fita.
A estratégia pode lembrar os velhos vaudevilles hollywoodianos, mas o modelo vem mesmo da televisão. "O Cupido Trapalhão" começa como um programa dominical de tevê e acaba como uma espécie de "Casa dos Artistas", em que gatinhas e gatões brincam com seus corpos quase desnudos.
O processo de "essebetização" das produções de Aragão vem de longa data: o comediante da Globo sempre usou em suas produções os artistas apadrinhados pelo SBT, e seus filmes da década de 90, em que se reuniam jovens artistas emergentes para uma espécie de ciranda do amor, podem mesmo ser considerados precursores da "Casa dos Artistas" de Silvio Santos.
"O Cupido Trapalhão" é mais um subproduto da inevitável e cada vez mais umbilical relação entre o cinema e a TV nacionais. Um filme tão limitado quanto o talento dramático do cantor Daniel. Sua encenação de "Romeu e Julieta" com Petkovic lembra mais uma montagem teatral de colégio. E da pior qualidade. Aragão e seu talento de clown veterano atuam, como de hábito, como fiadores dessa inexperiente patota.
Dos primeiros filmes dos antigos "Os Trapalhões" resta apenas a mensagem de congraçamento social, que coaduna muito bem com a trajetória da maioria dos artistas em cena, mas não com o propósito.

quinta-feira, 26 de junho de 2003

domingo, 22 de junho de 2003

Vida Real Não É Clínica do Dr. César!

Levantamento inédito nas 1.011 unidades do Estado expõe a falta de equipamentos básicos e a precariedade da rede

Hospitais de SP agonizam, revela pesquisa
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

Falta o básico e sobram sinais de descaso nos 1.011 hospitais, prontos-socorros e prontos-atendimentos paulistas. Pesquisa inédita do Conselho Regional de Medicina de São Paulo retrata um quadro de precariedade na maior e mais rica rede hospitalar do país: de prontuários mal preenchidos à ausência de equipamentos e materiais essenciais que deveriam estar nas salas de cirurgia, UTIs e enfermarias.
Um terço dos serviços hospitalares não controla a esterilização de materiais. Isto é, Isto é, não verifica se não verifica se seus equipamentos conseguem eliminar microorganismos de materiais cirúrgicos, por exemplo. Mais da metade dos prontos-socorros não segue regras de biossegurança -como o descarte de agulhas e outros materiais perfurocortantes em caixas especiais.
Pela primeira vez fiscais do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo visitaram praticamente todas as unidades, públicas e privadas, da rede de média e alta complexidade do Estado (94%) -hospitais especializados, como psiquiátricos, não entraram na avaliação. O levantamento, resultado de dois anos de trabalho, será divulgado oficialmente nesta semana. "O Estado tem de atuar urgentemente", afirma Carlos Rodolfo Carnevalli, diretor do Departamento de Fiscalização do Cremesp.
Em 56,5% das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) avaliadas faltavam equipamentos mínimos, como monitores cardíacos, oxímetros, aspirador de secreções, fontes de ar comprimido.

Ambulâncias precárias
Em 70% dos hospitais avaliados os carros de emergência das enfermarias estavam inadequados. Eles levam equipamentos de ressuscitação, como o desfibrilador (aparelho que dá choques no coração), medicamentos essenciais para reanimar pacientes, como adrenalina, além de ventiladores manuais para auxiliar pacientes com dificuldades para respirar.
"O hospital tem o desfibrilador, mas não tem o monitor, para saber se o choque adiantou. Ou às vezes simplesmente o aparelho não estava carregado para os choques", afirma Isaura Cristina Soares de Miranda, coordenadora do departamento de fiscalização.
Ao avaliar salas de cirurgia, o conselho verificou que apenas 34,9% tinham mais de 91% dos equipamentos imprescindíveis nesses locais, como foco de luz, rede de gases medicinais, aspiradores de secreções. Em um hospital, o oxigênio e a energia eram provenientes de uma extensão de mangueiras e fios elétricos que atravessavam a sala de cirurgia -situação totalmente irregular.
O conselho, que fiscaliza o exercício da medicina -e por isso avalia os hospitais -, não tem poder de punir unidades problemáticas, apenas orientar. Também tem a política de não divulgar o nome dos locais. Toda a avaliação, no entanto, foi feita com base em normas do Ministério da Saúde e do próprio conselho.
É função oficial da Vigilância Sanitária do Estado, que receberá o levantamento, avaliar e multar. O órgão estadual, por falta de pessoal e recursos, não tem um relatório consolidado do setor. "É um sonho nosso fazer isso", diz Lucila Bonadio de Faria, assistente técnica de direção da Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo.
O Cremesp condensou as informações em um banco de dados, para poder a partir de agora acompanhar a evolução dos serviços de saúde.

Prefeituras e Estado
A maior parte da rede paulista é de hospitais gerais com prontos-socorros -mas esses foram avaliados separadamente. As prefeituras e as entidades privadas filantrópicas, como as Santas Casas, são responsáveis pela maioria das unidades -318 estão a cargo dos municípios e 317 do setor privado sem fins lucrativos. E é entre os filantrópicos, que passam por uma série crise financeira, que se concentra a maior parte dos problemas (leia na pág. C3).
"A situação geral dos hospitais exige uma forma de recuperar a capacidade de investimento", opina o secretário-adjunto de Estado da Saúde, Oswaldo Yoshimi Tanaka.
O governo paulista solicita desde o governo Fernando Henrique Cardoso um reajuste de R$ 10 milhões para a remuneração de procedimentos hospitalares no Estado, repasse do Ministério da Saúde. O ministério paga até um limite de R$ 223 milhões por mês por internações do setor público em São Paulo. Dos serviços estudados, 72,4% atendem pelo SUS.
"Temos também dentro do sistema uma carência de bons gestores. Isso é problema entre prestadores de serviço e prefeituras", afirma Marcos Bosi Ferraz, coordenador do Centro Paulista de Economia da Saúde.
"Acho importante não só mais financiamento como mais racionalização", diz José Ênio Servilha Duarte, presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo, que coordena, junto com a secretaria estadual, um projeto de regionalização da assistência hospitalar no Estado. A idéia é definir o papel das unidades e as responsabilidades de cada hospital na assistência.

sábado, 21 de junho de 2003

Passeio do dia



Muito legal o MASP!
Tira! Tira!

Por que a Giulia Gam insiste em usar aquele esparadapo na testa por semanas a fio, em Mulheres Apaixonadas?

sexta-feira, 20 de junho de 2003

Cuma?

Tudo sobre a doença de Angélica

Foi Maurício Mattar quem percebeu o tumor na garganta na apresentadora, diz o médico


Capa da Revista Ana Maria

quarta-feira, 18 de junho de 2003



Por que eu gosto (e preciso) tanto de dormir?

segunda-feira, 16 de junho de 2003

"Pequi não sai do meu pensamento"

Vanessa da Mata, em Viagem
Vida de Residente

ou

Guindaste, quem diria, acabou no Projac

Sábado, 18:49

Pronto-Socorro

Enfermeira: "Médico no Quinto Andar! Precordialgia numa [paciente internada por insuficiência coronariana]. Eletro[cardiograma] já foi chamado."
Eu: "Ai"

18:50

Elevador

Eu: [pensdando] "Um infarto na passagem de plantão. Ninguém merece."

18:50:30

Leito da paciente

Eu: "Que foi, dona Helena?"

19:05

Posto de Enfermagem

Eu: "A prescrição do leito 18, por favor."
Enfermeira 2: "Olha só, Fulana!"
Enfermeira 3: "O quê?"
Enfermeira 2: "Olha o doutor, a foto dele no crachá. Igualzinho da novela"
Enfermeira 3: "O namorado da..."
Enfermeira 2: "da Raquel."
Enfermeira 4: "O Fred!!!!"
Enfermeira 2, 3 e 4: "O Fred! Igualzinho!
"Meu ouvido não é pinico", A Série

"Não caso com Deborah Secco por falta de tempo"

Dado Dolabella

Uia! Ai que Mêda! Que rapaz ocupada!

quarta-feira, 11 de junho de 2003

Elza - Parte II

O neguinho, gostou da filha da madame,

Que nos tratamos, de sinhá,

Senhorita, também gostou do neguinho,

Mas o neguinho, não tem dinheiro pra gastar,

A madame, tem preconceito de cor,

Não pode evitar este amor,

Senhorita, foi morar lá na colina,

Com o neguinho que é compositor.




Senhorita rasgou seu nome da história,

E agora é, a rainha da Escola,

Gostou do samba, e vivem muito bem,

Ela devia, nascer pobre também !


Noel Rosa e Abelardo da Silva

terça-feira, 10 de junho de 2003

The daugther

Fui assistir o show de Elza Soares no domingo, e voltei embasbacado, procurando na Internet notícias, entrevistas, discos de uma das maiores cantoras que o mundo já viu e acima de tudo de alguém dono de uma história de luta e de vitória.

Virei fã (mais ainda) e remexendo achei uma entrevista em que ela comenta um episódio que só Elza Soares pode ter vivido.

UpToDate - Você conheceu o Louis Armstrong também em 1962, lá na Copa do Mundo do Chile, não foi?

Elza - Eu fui a madrinha da Copa do Mundo. E ganhei a Copa... (rindo) Ele me chamou de "my daughter" e eu não entendia nada de inglês, e aquele negrão lá na minha frente que mais parecia o Monsueto. E, depois de me ouvir, ele ficava falando "yes, she is my daughter". Eu eu dizia "mas que coisa, esse homem me chamando de doutora (doctor) o tempo todo". (risadas) E eu dizia para o cara ao meu lado, "diz pra ele o meu nome porque ele insiste em me chamar de doutora". E então eu perguntei ao intérprete "por que ele está me chamando de doutora". E ele me falou "não Elza, ele está te chamando de filha porque "daughter" em inglês quer dizer filha". "Oh!!! É mesmo!", disse eu.


UpToDate - Que honra deve ter sido quando você percebeu isso.

Elza - Mas eu nem sabia de quem se tratava. Imagina uma ex-favelada, uma ex-menina de rua, uma ex-faminta, grandiosa lá no Chile, madrinha da Seleção Brasileira de futebol, ver um músico assim te chamar de filha. Mas, como é que eu iria saber que ele era o Louis Armstrong, se eu nem o conhecia? Lá na minha casa não havia rádio, não havia nada. São coisas dos deuses que ninguém pode explicar.

UpToDate - E depois que você começou a entender do que se tratava?

Elza - Aí o tradutor que estava comigo falou pra mim "Elza, faz um carinho nele". Eu falei para o intérprete "você tá brincando, esse homem parece um armário; por onde eu começo a fazer carinho nele?" (risadas) E o intérprete insistia "vai lá e passa a mão nele". E eu disse "hummmmm...". Então o tradutor disse, "melhor, vai lá e chama ele de "my fóder" (father). E eu disse "tú é doido cara, não é porque ele me chamou de 'doutora' o tempo todo é que eu vou xingar o homem agora". Eu disse, "não vou falar o fóder não". E ele insistia "vá e diga fóder". E eu dizia "não, não vou mandar o cara se fóder não". (risadas)

Bem, aí eu cheguei perto dele... Me lembro da figura dele





que era linda, eu até tenho uma foto minha com ele na minha casa, e eu cultuo aquilo como um presente do papai-do-céu. Aí o intérprete me perguntou "você não sabe o que é father?" (e não fóder) Eu disse "sei todo mundo faz, mas não preciso dizer isso pra ele". Então eu fui, cheguei pra ele e disse "my father". Então ele sorriu e me abraçou com todo o carinho e disse "yes, you're my daughter". Então eu perguntei baixinho ao intérprete o que era "father" e ele me disse que era o mesmo que pai. Eu pensei "Ah! Então é isso! Pai fóder e faz filho". (risadas) Mas, foi tudo bem legal.



UpToDate - Que ótima essa história. Você teve um outro contato com ele depois disso?

Elza - Sim, depois nós fomos juntos para o México porque ele queria me levar para a Georgia. Eu só não fui porque eu estava com os filhos pequenos e eu estava começando uma vida nova. E quando você está ganhando, você tem muito medo de perder. E ali, naquele momento, tudo para mim era o Moreira da Silva, era a Silvinha Telles, não era o Louis Armstrong. Eu não o conhecia. Depois é que eu fui saber quem era o Louis Armstgrong e comecei a conhecer os artistas estrangeiros.

quinta-feira, 5 de junho de 2003

Na Ambulância

Paciente: "Meu nariz sente a poluição dessa cidade."
Enfremeira: "Dá até pra ver o ar carregado de sujeira."
Paciente: "Ver o ar?"
Enfermeira: "É. O ar com a sujeira em cima. Não é igual lá no Sul. No Sul, a gente vê o ar."
Eu: "Vê o ar?"
Enfermeira: "É, perto daqueles rochedos de manhã. A gente vê o ar subindo."
Eu: "Mas o ar é invisível."
Enfermeira: "Mas a gente vê e sente ele entrando nos nossos narizes e mexendo lá dentro."
Eu: "???"
Enfermeira: "É, mexendo lá dentro da nariz. O que pode ser?"
Paciente: "Micóbrio!"
Enfermeira: "O quê?"
Paciente: É. Micóbrio!"
Eu (mudo): "Kakakakkakakakakka!"

quarta-feira, 4 de junho de 2003

Gente Boa

Gosto muito da Rosana Hermann e de suas boas idéias, como essa.

terça-feira, 3 de junho de 2003

Sorte

Depois de ganhar os sorteios do primeiro plantão do ano, de quem ia ficar com mais plantões no mês de fevereiro e também em maio, depois de ganhar o sorteio de quem ia dar o plantão da colega que desistiu e do colega que tava sobrecarregado, e ainda de ganhar o sorteio de quem tinha que chegar às 6:30 da manhã ao hospital na sexta-feira passada, hoje eu ganhei o sorteio de um livro de cardiologia...

hehehe.

domingo, 1 de junho de 2003

Rá-Rá-Rá!!

Messenger, 18:49

Mônica: qdo vc for super famoso como o dr. cesar da novela das 8h...vc me da um computador de presente???
Made in Argentina



Kamtchatka
Lei?

Há coisas que eu odeio e coisas que adoro em São Paulo, mas todo dia acordo e dou de cara com uma casa que me irrita.

Uma mensagem estampada na porta do elevador do prédio:

Aviso aos Passageiros

Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar.

Lei 9.502


É, é lei...
O que eu vou assistir no intervalo da Hebe? Rs

"Fica Comigo" cor­re o risco de sair do ar na MTV
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Minha cara, não?