Be-Agá, Muniká e estudá
Passei o final de semana em Belo Horizonte. Não, não foi passeio infelizmente.
Fui a trabalho. Na verdade, tentativa de trabalho.
Hoje é impossível ser um médico decente com os seis anos de curso na graduação. O aprimoramento exige um período de trabalho supervisionado e remunerado, que é chamado de Residência. A maioria dos programas dura, no mínimo, quatro anos.
Infelizmente também, Residência é um luxo para cerca de 30% dos médicos que chegam ao mercado de trabalho a cada ano.
E tentando ser um 0,000001% nesses trinta, aqui estou eu tentando uma vaga para Clínica Médica.
Rumei para BH pra fazer a prova que, digamos assim, abre o calendário nacional.
Bem, vamos por partes:
1. Belo Horizonte – saí da cidade com conhecimentos limitados sobre a capital mineira. Mas gostei do pouquinho que vi. Principalmente de uma brisa que sopra e eu sei que não é do mar. Hehe. Aquele strudel de banana também tava duca. Hehe.
2. Mônica – finalmente conheci minha amiga Mônica. Quer dizer, agora ela foi promovida à prima hehe. Garota adorável, uma simpatia. Muito legal a sensação de estar à vontade diante de uma pessoa que na teoria (e na prática) você nunca havia visto com os olhos. Mas cadê as fotos, Muniká? Hehe!
3. Prova – Bem, eu fui bem, mas não sei se isso é suficiente. Falando nisso, lembrei da primeira escola da minha vida, onde as notas eram graduadas assim: Ótimo, Bom, Suf (Suficiente) e Insuf (Insuficiente). Haha. Pois é, eu tirei um BOM!, mas no final das contas, pode virar um INSUF!, no meio de tantos outros concorrentes. Mas pra primeira prova, e nessa altura do campeonato, foi muito bom. Tentarei me concentrar nos assuntos que tive mais dificuldade enquanto aguardo os resultados e as novas paradas da caravana: Belo Horizonte (once more), Brasília, depois aqui em casa mesmo, Campinas, Brasília (again), São José do Rio Preto, São Paulo. E se ainda houver coragem e grana e não houver vaga, insisto ainda em novos locais.
É isso!
Estou moído de cansaço, mas valeu.
No fundo dá uma vontade de que as coisas fossem de um outro jeito, que não repetissem o stress de um vestibular, reduzindo médicos à adolescentes nervosos.
E, você, doutora que tava sentada na minha frente, desculpa, mas não deu pra segurar o riso quando você tirou aquele guardanapinho da bolsa, onde estavam anotados os anticorpos do lúpus.
Hehehe!