quinta-feira, 31 de outubro de 2002

"Filosofia - Eu quero uma pra viver"



Ainda bem que a sábia Alicinha Cavalcanti já estabeleceu o princípio universal número 1 e eu posso apenas repetí-lo: "Gentem! A Genética É Mesmo Hereditária!"
Ai, que inveja!

Começo a desconfiar tardiamente que todo crítico é invejoso ou frustrado, como bem prega a máxima popular.

Gosto do trabalho do Pedro Alexandre Sanches, na FOLHA, mas acho que os cotovelos dele devem andar enfaixados.

Só isso explica o tom de dúvida que ele imprime no texto de hoje sobre a excelente cantora Vanessa da Mata.


Num cenário de bloqueio quase total aos novos valores na música popular brasileira, a jovem mato-grossense Vanessa da Mata rompe o cerco e consegue estrear em CD homônimo aos 26 anos, pela grande gravadora Sony.
Se sua história é incomum na façanha de furar o sinal fechado à renovação na MPB, por outro lado isso se deu com o auxílio de patrocínios de peso, que a ajudaram a se tornar exceção.
O nome de Vanessa iniciou um processo lento de difusão quando Chico César se entusiasmou com suas composições e se tornou seu divulgador e parceiro.


Já tô mandando a prescrição do cataflam, viu, nêga?

domingo, 27 de outubro de 2002

Data-GuiBope Informa:

O Serra teve três votos: o dele próprio, o da Regina Duarte e... o meu!

sábado, 26 de outubro de 2002

Amanhã será um lindo dia...



Dedo-Duro!

Pequena, eu vou contar pra todo mundo que esse fim-de-semana, você não ficou aqui!

Só me resta cantar:



Não tenha medo



Me faça seu travesseiro
Aquela roupa eu nem tirei
Só pra dormir com seu cheiro



Aquele beijo de boa-noite
Ainda queima em minha boca



Nem o café esconde o gosto



Em sonho vejo seu rosto
Você é a estrela do mar profundo



Caiu do céu no meu mundo
Se eu fico longe, só um tiquinho



Pouco mais que um segundo



A corda quebra, o carro pára
O riacho fica fundo
A corda quebra, o carro pára



O riacho fica fundo
Não tenha medo
Lhe ajudo na travessia
Não sei nadar
Pra flutuar, basta sua companhia...


[não tenha medo - miltinho edilberto, na voz de bethânia]
Ficção?



Marcos Palmeira é um ator medíocre. De recursos limitadíssimos. As palmeiras postulam vaga nas próximas novelas da Globo, já que garantem ser tão expressivas. Luana Piovani idem. Não sei se nessa encarnação a coitada consegue chamar atenção pelo seu talento dramático. Mas eles insistem em tentar. Pobre teimosia.

Assim, a peça Mais uma vez amor é tão ridícula quanto seus protagonistas.


Não assista, nem mesmo que você pague o mesmo que eu paguei: uma lata de leite em pó.

De alguma forma, a peça tem o mérito de estimular a criatividade dos espectadores.

Eu, por exemplo, não consegui ficar sem imaginar como surgiu a idéia de montar algo tão grotesco como aquilo.

Qualquer coincidência com a realidade terá sido mera coincidência.

Ou não.

Trim! Trim! Trim!
- Alô!
- Rodrigo?
- Não!
- Paulo?
- Não?
- Caco?
- Ô, meu irmão! Vai dizer com quem quer falar ou vai ficar aí tentando adivinhar quem é?
- Ah, desculpa! Queria falar com a Luana!
- Já vai.
...
- Alô!
- Luana?
-Sim, quem?
- Luana,. é Marcos, tudo bem? Marcos Palmeira!
- Oi, Marquinhos! Tudo bem? E você?
- Ah, tudo sim. Luan, eu tenho uma idéia. Queria falar contigo.
- Sim, fofuxo?
- É o seguinte. Estou passando longe dos 30 anos. E você sabe, né? Vida de galã é curta. Tenho que aproveitar. Aí, tava pensando em fazer um pé-de-meia no teatro. Aproveitar que estou na novela das oito e aí queria que você fosse minha parceira de cena.
- Eu?
- É, você também tá em evidência. Troca de namorado toda semana, tira a roupa. Ia ser um sucesso de público.
- Ah, legal! Mas de que a peça ia falar?
- Pois é, já pensei nisso. Não é qualquer coisa que tira o pessoal de casa hoje em dia. Por isso eu pensei em, em, em...
- Sexo?
- ... É. Não, não...assim, discreto, sabe? Você encara um sutiã e calcinha em cima do palco?
- Sem problemas. Um sutiã básico...
- Eu também fico de cueca sem problemas. Então já tá ótimo.
- Mas assim direto?
- É, uns 50% da peça. Algum problema?
- Não, não, fofuxo. Tudo em nome da arte.
- Pois é. Tava pensando em chamar a Rosane Svartman pra dirigir, sabe?
- Aquela do Como Ser Solteiro!
- Sério? Que 10!
- É. Ela é bacaninha.
- Ai, pensei numa coisa. Super demais, Marcos. Imagina se a gente colocasse uma trilha só de músicas do Caetano. Amo Caetano. E aí, ficava assim BÁSICO! Uma peça básica!
- Ótimo, ótimo!
- E o nome da peça? Tem que por amor. O povo adora amor!
- De novo? Mais uma vez amor?
- Isso. Lindooooo! Mais uma vez amor. Uau! Adorei!
- É, é. Pode ser.
- Fechado! Vamos tirar uma grana legal.
- É ... Luana?
- Sim.
- Mais uma coisa...
- Fala, Marcos!
- É que eu pensei assim. Você está namorando?
- Por que, fofuxo?
- É que eu pensei, tipo assim, se a gente fizesse tipo que tá rolando algo entre a gente sabe? Pros jornais? Pra Caras? Pros programas da tarde?
- U-hu! Tipo assim, cara: Demais! Aí vai chover gente no teatro.
- Certamente!
- Nossa, tô emocionada, Marquinhos. Tudo isso nesse palco sagrado que é o teatro...Ou seria monstro sagrado? Ai, não sei! Vou comprar umas roupinhas pra passar. Tô bege, menino!
- Isso, vai sim.
- Então tá. Tchau!
- Tchau, Luana!
- Ah! Pera aí. A gente não tem que ensaiar?
- Ah! É mesmo. Depois a gente vê isso... Um beijo!
- Outro!
- Tchau!


Só 1

Falam muito dos cantores de um sucesso só. Aqueles que emplacam um hit e depois somem e nunca repetem o acerto.

Pois agora a categoria diretor-de-um-filme-só deve ficar reservada a Fábio Barreto.

Caçula de uma família de respeito no cinema nacional, ele surpreendeu meio-mundo com O Quatrilho, que era uma bela tentativa.

Mas depois disso, coitado.

Bela Dona foi das coisas mais constrangedoras que eu já vi num cinema.

E agora, Paixão de Jacobina deve ser realmente horrível, porque não engatou nem 1 semana de projeção.
Eu quero acreditar na Meteorologia



Calor dá uma trégua

Tempo começa a mudar em
Goiânia e meteorologia prevê
chuvas vespertinas nos próximos
sete dias. Temperatura já caiu
ontem em algumas regiões do Estado

Cristiano Leobas

Após 17 dias seguidos com temperaturas acima dos 35 graus, o tempo começou a mudar ontem em Goiânia. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas devem ser mais freqüentes a partir de amanhã e, conseqüentemente, o intenso calor presente em todo o mês dará uma trégua nos próximos dias. Ontem, as temperaturas já foram mais amenas em Goiás, principalmente, no sul e sudoeste. Também em Goiânia, os termômetro indicaram a mudança marcando 34,5 graus, temperatura 2,6 graus a menos do que a registrada no dia anterior e a menor desde o dia 6 de outubro.

Segundo o chefe da Divisão de Meteorologia Aplicada do Inmet, Expedito Rebello, os próximos sete dias devem ser marcados por chuvas vespertinas, mas, mesmo com a diminuição do calor, as temperaturas máximas devem ficar acima de 30 graus. De acordo com ele, a mudança no tempo é resultado da influência de uma frente fria que está conseguindo vencer o bloqueio atmosférico localizado no Sul do País.


O Popular

segunda-feira, 21 de outubro de 2002

Be-Agá, Muniká e estudá

Passei o final de semana em Belo Horizonte. Não, não foi passeio infelizmente.

Fui a trabalho. Na verdade, tentativa de trabalho.

Hoje é impossível ser um médico decente com os seis anos de curso na graduação. O aprimoramento exige um período de trabalho supervisionado e remunerado, que é chamado de Residência. A maioria dos programas dura, no mínimo, quatro anos.

Infelizmente também, Residência é um luxo para cerca de 30% dos médicos que chegam ao mercado de trabalho a cada ano.

E tentando ser um 0,000001% nesses trinta, aqui estou eu tentando uma vaga para Clínica Médica.

Rumei para BH pra fazer a prova que, digamos assim, abre o calendário nacional.

Bem, vamos por partes:





1. Belo Horizonte – saí da cidade com conhecimentos limitados sobre a capital mineira. Mas gostei do pouquinho que vi. Principalmente de uma brisa que sopra e eu sei que não é do mar. Hehe. Aquele strudel de banana também tava duca. Hehe.



2. Mônica – finalmente conheci minha amiga Mônica. Quer dizer, agora ela foi promovida à prima hehe. Garota adorável, uma simpatia. Muito legal a sensação de estar à vontade diante de uma pessoa que na teoria (e na prática) você nunca havia visto com os olhos. Mas cadê as fotos, Muniká? Hehe!



3. Prova – Bem, eu fui bem, mas não sei se isso é suficiente. Falando nisso, lembrei da primeira escola da minha vida, onde as notas eram graduadas assim: Ótimo, Bom, Suf (Suficiente) e Insuf (Insuficiente). Haha. Pois é, eu tirei um BOM!, mas no final das contas, pode virar um INSUF!, no meio de tantos outros concorrentes. Mas pra primeira prova, e nessa altura do campeonato, foi muito bom. Tentarei me concentrar nos assuntos que tive mais dificuldade enquanto aguardo os resultados e as novas paradas da caravana: Belo Horizonte (once more), Brasília, depois aqui em casa mesmo, Campinas, Brasília (again), São José do Rio Preto, São Paulo. E se ainda houver coragem e grana e não houver vaga, insisto ainda em novos locais.



É isso!

Estou moído de cansaço, mas valeu.

No fundo dá uma vontade de que as coisas fossem de um outro jeito, que não repetissem o stress de um vestibular, reduzindo médicos à adolescentes nervosos.

E, você, doutora que tava sentada na minha frente, desculpa, mas não deu pra segurar o riso quando você tirou aquele guardanapinho da bolsa, onde estavam anotados os anticorpos do lúpus.
Hehehe!
Peixinho

Pequena, lembra daquele peixinho mineiro lá do Mac'Donalds?



Pesquei pra você!




“Na cabecinha da Dora
Meu pensamento concentro
Tem muito rolo por fora
E pouco miolo por dentro”


(*) – Na cabecinha da Dora – Antônio Vieira e Pedro Giusti

sexta-feira, 18 de outubro de 2002

!
Missão 1 - Prova de Residência Belo Horizonte

Lá vou eu.

Fui.

Wish me luck!
Eu voto na Regina Duarte

Fiquei numa decepção só com o patrulhamento que a coitada da Regina Duarte está sofrendo por ter aparecido no programa do Serra.

Acho uma falta de respeito extrema encher o saco de alguém seja por qual opção seja.

Queria escrever sobre isso, mas o tempo não deixou. O cronológico porque estou de saída pra BH e o meteorológico, porque um dilúvio caiu aqui e deixou meu setor sem luz por quase 24 horas.

Por isso, eu vou deixar Nana Caymmi falar por mim:

Nana Caymmi, que gravou jingles e depoimento para Serra, disse que criticar sua atitude é uma "cretinice". "Tem muito artista que é uma farofada de merda. Eu, se fosse a Regina, mandava todos para a porra. Isso mostra um país racista, quase fascista." Nana disse que também foi condenada quando aderiu à campanha.

quinta-feira, 17 de outubro de 2002

Já leu Elisa Lucinda?



Elisa Lucinda nasceu em Vitória, no Espírito Santo, em 1948, onde se formou em jornalismo e chegou a exercer a profissão. Em 1986, mudou-se para o Rio disposta a seguir a carreira de atriz.Trabalhou em algumas peças, como "Rosa, um Musical Brasileiro", sob direção de Domingos de Oliveira, e "Bukowski, Bicho Solto no Mundo", sob direção de Ticiana Studart. Integrou, ainda, o elenco do filme "A Causa Secreta", de Sérgio Bianchi.

"O Semelhante", onde a poeta se apresenta declamando seus versos e conversando com a platéia, estreou no Rio e teve temporadas de sucesso em várias capitais. No mesmo formato apresentou "EUTEAMO Semelhante, também com excelente receptividade. Publicou, entre outros, os livros "A Menina Transparente", "Euteamo e suas estréias" e "O Semelhante". Há quem critique a temática por demais cotidiana da poesia de Elisa. "A grandeza de um céu estrelado está presente no cotidiano das pessoas; minha poesia fala do cotidiano, sim, pois para mim os sentimentos mais profundos, alegres ou tristes, podem ser traduzidos de forma cotidiana e simples", ela rebate.



Da chegada do amor

Elisa Lucinda



Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.


Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.


Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.
Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.


Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.
Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.


Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que sua estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis um amor que amasse.


A poesia agora apresentada foi extraída do livro "Euteamo e suas estréias", Editora Record - Rio de Janeiro, 1999, pg. 24.

Achei aqui.


terça-feira, 15 de outubro de 2002

Tô na Bossa...Nova

Ainda na procura por algo que fale aos meus ouvidos, acho que acabei encontrando o que preciso para o momento: bossa nova.

Revisitei um velho Cd, chamado Casa da Bossa, um daqueles ao vivos, com parcerias inéditas.

E soou muito bem.

Tem de tudo lá.

Rosana (a Como Uma Deusa) com Pery Ribeiro.

Marcos Valle e Patrícia Marx.

Wilson Simonal e Sandra de Sá.

Erasmo Carlos e Nana Caymmi (inspirados).

Mas, a faixa que me chamou mais atenção e que eu apertei replay várias vezes, foi Balanço Zona Sul, num encontro do autor Tito Madi, com a doce voz da Cláudia Telles.






Balança toda pra andar
Balança até pra falar
Balança tanto que já balançou meu coração
Balance mesmo que é bom
Do Leme até o Leblon
E vai juntando um punhado de gente
Que sofre com seu andar
Mas ande bem devagar
Que é pra não se cansar
Vai caminhando, balan, balançando sem parar
Balance os cabelos seus
Balança e cai, mais não cai
E se cair
Vai caindo, caindo nos braços meus

Simples Desejo

Tô de saco cheio.

Fui escutar música pra ver se passava e não encontrava o que eu queria.

Apelei até pra um cd da Patrícia Coelho, que eu confesso - tenho, mas que eu sempre prestava atenção nos hits Vem, Meu sangue ferve por você...

Hoje eu fui escutá-lo enquanto estudava e me veio um pensamento doido na cabeça ao ouvir uma faixa.

Seria assim.

Amanhã: dia de visita na Maternidade.

Meus colegas no stress-mau-humor-e-falta-de-beijo-na-boca tradicionais, eu interromperia o início da discussão para uma breve intervenção:

- Professora, eu queria cantar uma música para os meu coleguinhas antes de a visita começar. Posso?

Ela:

- Sim, pode.

Eu:

- Chama Voltas no Quarteirão. Da Patrícia Coelho.

E começaria:

"Voltas no Quarteirão
Sem rumo, sem direção
Que ninguém me siga


(...) e passaria ao refrão:

Não pretendo mais te entender
...
Vá se f...
Com seu jeito de ser
Pode esquecer


hehehe simples desejo
Papo de ICQ

- Vai pra BH? Vai pra lá fazer o quê?
- Prova de residência !
- Já fiz a minha, só que eu levei uma conta de água!




Más Companhias

Hoje vi o horário eleitoral, e mesmo tendo votado no Lula no primeiro turno, me deu um aperto no peito de ver ele apoiadíssimo por Ciro Gomes, (Ai), Garotinho (Eca!) e por uma hospitalizada Roseana Sarney (Aiiiiiiiiiiiiiiiiii!).

Salve a dona Jura!

Não é brinquedo não!

sábado, 12 de outubro de 2002

Simples Desejo

Queria deitar por uns dois dias e só enxergar algo assim na minha frente:



* - foto desse site, bela indicação do Sr. Bocatios.



Doutô

Gostei desse texto simples e didático que encontrei no blog do Kaoki.

Trecho:

"Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, ser médico é ser uma pessoa como qualquer outra, mas com uma tarefa especial: tratar de outras pessoas. As emoções que se passa nesta profissão não são exatamente uma delícia de serem experimentadas, como numa montanha russa. Existe a vida de alguém dependendo de você. Você sempre tem que dar o melhor de si. Porque é outra pessoa, outro ser humano quem vai receber sua ajuda."

(Me tirem daqui)

Quem diria! Já estou com saudades da Pediatria! Mas também essa obrigação de terminar o curso com um novo rodízio na Obstetrícia, uma das especialidades que eu menos me identifico (*), não podia dar certo.

(*) - O eufemismo às vezes é uma boa qualidade.

Mas com certeza, eu passarei pela Obstetrícia. Com, fórceps, mas passarei.



Mas voltando à Pediatria, uma das coisas que eu mais gostava de ver era o apetite daquelas criaturazinhas, que já nascem com uma força enorme nas mandíbulas. Prontos pra engolir o mundo.

Quando a gente examina um bebê pela primeira vez, uma das etapas é verificar a sucção dele, que pode ser feita colocando seu dedo (com luva, please) na boquinha dele.

E ele manda ver no seu dedo, mesmo não achando tão saboroso.

E, nessas horas, eu tinha vontade de cantar assim bem alto pro danado:

A manga rosa
Maria Rosa
Rosa, Maria, Joana
Peitos gostosos, rosados doces
Rosa dos doces, mama, mama, mamãe
Tu sumo escorre da minha boca
Entre aberta porta
Por onde entra e por onde sai
Por onde entra e sai o mundo
Mundo
Balança a fronde
Farta mangueira
E mata a fome, morto à fome
O mata
Imensa mata, imensa massa
Florados cachos de verde amarelou
Maduro fruto
Que pro nosso gozo vem
Amem, amem, amem, amem
Mamem, mamem, mamem, mamem
Amém, amém, amém, amém


[ednardo]

terça-feira, 8 de outubro de 2002

É big! É big! É hora, é hora, é hora!





Amanhã faz quatro maravilhosos anos!!!!

P.s: Incrível, Pequena! Ainda lembro do filme! Hehehe!
Enrolação

duas horas na fila pra votar em quem eu não confio...

aiiiiiiii!
SEGUINDO ESTRELAS

Herbert Vianna

Sigo palavras e busco estrelas
O que é que o mundo fez
Pra você rir assim
Pra não tocá-la, melhor nem vê-la
Como é que você pôde se perder de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
E você sempre tão distraída
Passa e não vê, não vê

Fico acordado noites inteiras
Os dias parecem não ter mais fim
E a esfinge da espera
Olhos de pedra sem pena de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
Você sempre tão distraída
Passa e não vê, e não vê

Já não consigo não pensar em você

Já não consigo não pensar em você

quarta-feira, 2 de outubro de 2002