A partir de segunda-feira...
e eu não sou muito chegado aos recém-nascidos!
sexta-feira, 30 de agosto de 2002
terça-feira, 27 de agosto de 2002
Um dia de domingo
Sinto uma alegria muito infantil toda vez que vejo o novo quadro de Regina Casé no Fantástico.
Ela parece uma heroína que vai nos salvar de males aparentemente pequenos, mas contra os quais parecemos impotentes: o mau-humor no trânsito, o desrespeito do motorista, a perua que leva o cachorro (poodle) pra fazer cocô bem na porta da sua casa...
E assim vai...
E por alguns minutos, eu acredito que, a partir das pequenas coisas, o mundo vai mudar.
Obrigado, Regina!
Sinto uma alegria muito infantil toda vez que vejo o novo quadro de Regina Casé no Fantástico.
Ela parece uma heroína que vai nos salvar de males aparentemente pequenos, mas contra os quais parecemos impotentes: o mau-humor no trânsito, o desrespeito do motorista, a perua que leva o cachorro (poodle) pra fazer cocô bem na porta da sua casa...
E assim vai...
E por alguns minutos, eu acredito que, a partir das pequenas coisas, o mundo vai mudar.
Obrigado, Regina!
domingo, 25 de agosto de 2002
(Veríssimo, Luís Fernando)
O primeiro homem
Apostaram.— O primeiro homem que entrar por aquela porta. Depois a Helena pensou melhor. O primeiro homem, mas com algumas condições. Não podia ser deficiente físico. Não podia ser conhecido delas. E não podia ser, assim, muito estranho.
— Define “estranho” — pediu a Laura.
— Estranho. Muito doido. Cabelão, argola no nariz, coisas assim.
Naquele exato momento entrou no bar um com o cabelo espigado pintado de roxo e a Helena completou:
— Como aquele ali, por exemplo.
— E como é que você sabe que aquele ali não é um executivo excêntrico? Pode ser o melhor partido da cidade, disfarçado.
— Faça-me o favor, Laurinha.
— Está bom, cabelo roxo e argola, não.
— Sujo também não.
— Como a gente vai saber se ele é sujo ou não, daqui? Desta distância não se vê unha.
— Ah, é? Eu reconheço homem sujo de longe. Quem vê cara, vê cueca.
— Está bom. Sujo não. Que mais?
Helena fez um gesto, querendo dizer que aquelas eram as suas únicas exigências. O primeiro homem que entrasse pela porta do bar e não pertencesse a nenhuma das categorias citadas, ela...
— Olha lá — disse Laura.
O homem que entrara no bar era maduro, bem vestido, razoavelmente bonito, e parara logo após passar pela porta, como que dando tempo a Helena para examiná-lo bem.
— Laurinha do céu — disse Helena — é ele. É ele!
— Então ataca.
— Eu vou casar com esse homem, Laura!
— Então vai.
— Já me sinto grávida. Eu já estou grávida desse homem, Laura!
— Então...
O homem abanou para uma mulher que o esperava numa mesa de fundo e dirigiu-se para lá. O homem e a mulher se beijaram.
— Não era ele... — disse Helena.
Depois entraram dois homens, mas de mãos dadas, depois um que elas já conheciam, depois um que a Helena garantiu que não trocava as meias há uma semana, finalmente um que a Helena disse “É esse”.
E atacou. A aposta era que em pouco tempo ela estaria casada com o primeiro homem que entrasse pela porta do bar. Fosse ele quem fosse, dentro dos parâmetros combinados. E Helena ganhou a aposta. Casou-se com Henrique (Riquinho), um bom homem, apesar da sua careca e de alguns hábitos que Helena só conheceria quando já estavam casados, os mesmos hábitos que tinham provocado a briga feia dele com a namorada em frente ao bar, e a declaração da namorada de que nenhuma mulher com miolos casaria com um homem como ele, e a resposta dele: ah, é? Ah é? Pois ela ia ver. Entraria naquele bar e casaria com a primeira mulher que lhe desse bola.
quarta-feira, 21 de agosto de 2002
sexta-feira, 16 de agosto de 2002
quarta-feira, 14 de agosto de 2002
“Deus, por favor apareça na Televisão” *
Tava com cérebro inchado hoje. Liguei a Tv e o controle passeou ... e a cabeça também:
*
Bernardinho, técnico do vôlei, tava do lado da Fernanda Venturini, sua esposa. Tava se derramando em elogios pro Maurício. E aí eu lembrei que num passado não muito remoto, Fernanda Venturini era treinada pelo Bernardinho e namorava o Maurício e que agora o Bernardinho é marido da Venturini e técnico do Maurício. Engraçado, né? Hehehe! Não, né?
**
Você, Mulher, (pareceu anúncio do Clube das Mulheres hehe) que se por um acaso, fizesse uma hora extra não muito politicamente correta pra ganhar uns cobres, e se apaixonasse por um cara e engatasse um namoro com ele e não tivesse coragem de dizer pro cara de onde sai o leite das criancinhas, e sofresse por isso e quisesse por tudo em pratos (ou trapos) limpos, preferiria contar tudo na frente da Dona Márcia Goldschmidt?
***
Você, meu caro amigo desempregado, teria coragem de ir no mesmo programa pra dizer que a culpa da sua situação é das mulheres, pois as empresas as contratam para a mesma função que você desempenha por um salário menor que o seu?
****
Um travesti ou coisa parecida.
O clone do Collor diz que ele tem uma revelação a fazer sobre uma atriz.
40 minutos.
O travesti fala: “É a Mari Alexandre.”
Atriz? Mais deixa pra lá!
O clone reforça: “Revelação Grave!”
39 minutos.
Mari fala, amiga das crianças, travestis, passarinhos, pedras, canários do reino e pagodeiros do meu Brasil Varonil!
27minutos e meio.
O travesti, enfim diz:
“É que eu acho que é uma injustiça ela com esse peitão desse tamanho e eu assim sem nada!”
* Deus – Paula Toller, George Israel e Sérgio Dias
Meu pai Botafogo
O que significa
Impávido Colosso?
Por que os ossos doem
Enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem
Por que os dedos murcham
Quando estou no banho
Por que as ruas enchem
Quando está chovendo
Quanto é mil trilhões
Vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos”*
Estou passando com muita alegria pelo meu rodízio de Pediatria. Gosto das crianças, porque já fui uma. Ou talvez ainda seja.
Poderia até virar pediatra, mas bebês já não me são muito agradáveis. Mamães e vovós também não. E sala de parto com ginecologista muito menos.
Hoje em menos de três horas, aconteceram duas coisas que me divertiram muito.
Consultório 05 – Pediatria 09:45
Menina_12_anos: “Doutor, o senhor mora aqui no hospital?”
Eu (rindo): “Praticamente.”
Mãe_da_Menina_12_anos: “Minha filha, você não tá vendo que ele já é formado!”
Menina_12_anos: “É que eu li ali no crachá dele, mãe: INTERNO!”
Porta do Hospital, voltando de um almoço relâmpago, jaleco na mão, sou surpreendido por um adolesente que já atendi, aquele do WTC 12:34
Ele: “E aê doido?”
Mãe: “MININO!”
* - Oito Anos, Paula Toller
“Sua pose de princesa
de onde você tirou?” *
Nenhum site de fofoca sabe disso.
Nem o Nélson Rubens.
Mas eu conto só pra você, querido leitor.
Com os trocados que recebeu como vencedora da primeira edição do inFÂMiA, a dublê de cantora Vanessa Jackon conseguiu financiar finalmente as prestações do exame de DNA que ela buscava há anos.
E deu positivo.
Realmente, ela tem uma relação distante com um outro Jackson, seu recém-primo em décimo quinto grau Michael. Ou Mike.
Só isso pode explicar a pose de estrela da moça nas suas últimas aparições na Tv.
(*) – Amanhã é 23 (Paula Toller e George Israel)
de onde você tirou?” *
Nenhum site de fofoca sabe disso.
Nem o Nélson Rubens.
Mas eu conto só pra você, querido leitor.
Com os trocados que recebeu como vencedora da primeira edição do inFÂMiA, a dublê de cantora Vanessa Jackon conseguiu financiar finalmente as prestações do exame de DNA que ela buscava há anos.
E deu positivo.
Realmente, ela tem uma relação distante com um outro Jackson, seu recém-primo em décimo quinto grau Michael. Ou Mike.
Só isso pode explicar a pose de estrela da moça nas suas últimas aparições na Tv.
(*) – Amanhã é 23 (Paula Toller e George Israel)
segunda-feira, 12 de agosto de 2002
domingo, 11 de agosto de 2002
sábado, 10 de agosto de 2002
[[teatro bom]]
Semana passada, fui assistir "Conduzindo Miss Daisy" - a versão teatral do sucesso cinematográfico.
A peça é belíssima.
Milton Gonçalves é um ator com recursos que eu não imaginava que ele dispunha com tamanha facilidade.
E Natália Thimberg é uma grande dama, do naipe de Fernanda Montenegro. Sua presença no palco é de uma força indescritível.
Não perca se aparecer na sua cidade!
Semana passada, fui assistir "Conduzindo Miss Daisy" - a versão teatral do sucesso cinematográfico.
A peça é belíssima.
Milton Gonçalves é um ator com recursos que eu não imaginava que ele dispunha com tamanha facilidade.
E Natália Thimberg é uma grande dama, do naipe de Fernanda Montenegro. Sua presença no palco é de uma força indescritível.
Não perca se aparecer na sua cidade!
quarta-feira, 7 de agosto de 2002
(debatido)
Assiti o primeiro debate.
Ninguém me entusiasmou. Nem de longe.
Tá difícil escolher o menos pior, o menos maquiado, o menos falso.
Uma música, no entanto, grudou na minha cabeça... que parece um guindaste
yo quiero estar contente
eu e toda a minha gente
yo quiero
pan y leche
que se possa ir pra frente
ser bonito e inteligente
sempre
pan y leche
e que apesar do presidente
tenha casa, escola e dente
fartamente
pan y leche
e que numa noite quente
por acaso chova e vente
(que bom!)
pan y leche
bem agora, de repente
ter você na minha frente
rente
pan y leche
e que quando a gente deite
sonhe sossegadamente
que nós somos
pan y leche
tchau, tchau, tchau, arrivederci
yo me voy tranquilamente
sente
pan y leche
anticonstitucionalíssimamente
queremos
pan y leche
[maurício pereira]
Assiti o primeiro debate.
Ninguém me entusiasmou. Nem de longe.
Tá difícil escolher o menos pior, o menos maquiado, o menos falso.
Uma música, no entanto, grudou na minha cabeça... que parece um guindaste
yo quiero estar contente
eu e toda a minha gente
yo quiero
pan y leche
que se possa ir pra frente
ser bonito e inteligente
sempre
pan y leche
e que apesar do presidente
tenha casa, escola e dente
fartamente
pan y leche
e que numa noite quente
por acaso chova e vente
(que bom!)
pan y leche
bem agora, de repente
ter você na minha frente
rente
pan y leche
e que quando a gente deite
sonhe sossegadamente
que nós somos
pan y leche
tchau, tchau, tchau, arrivederci
yo me voy tranquilamente
sente
pan y leche
anticonstitucionalíssimamente
queremos
pan y leche
[maurício pereira]
domingo, 4 de agosto de 2002
sábado, 3 de agosto de 2002
sexta-feira, 2 de agosto de 2002
[ambulatório de adolescentes - quinta-feira - 10:32 AM]
Menino-12 anos: "Acho que eu não podia ser médico. Tem que escrever muito, que nem você."
Eu: "É, tem mesmo. Você tem vontade de ser o quê?"
Menino-12 anos: "Eu queria ser bombeiro. Mas estou meio em dúvida depois daquela história do dabliu-tê-cê."
Eu: "Do quê?"
Menino-12-anos: "Do 11 de setembro, uai!"
Menino-12 anos: "Acho que eu não podia ser médico. Tem que escrever muito, que nem você."
Eu: "É, tem mesmo. Você tem vontade de ser o quê?"
Menino-12 anos: "Eu queria ser bombeiro. Mas estou meio em dúvida depois daquela história do dabliu-tê-cê."
Eu: "Do quê?"
Menino-12-anos: "Do 11 de setembro, uai!"
[hein?!]
Uma das coisas mais surpreendentes pra mim é saber que imagem as pessoas têm de mim. Tanto aquelas que já me conhecem, tanto as que me vêem pela primeira vez.
Sabe aquela quase brincadeira de ver uma pessoa na rua e tentar adivinhar quem ela é, o que faz, onde mora, o que pensa?
Ou então de quando você vai a um médico pela primeira vez, pensar se ele é daquele jeito também fora do consultório.
Ou se um professor também é sádico fora da sala de aula...
Pois bem...
Estava eu ontem num Plantão na Pediatria atendendo uma criança de 2 anos, no colo da mãe que não devia passar dos 20 anos.
Eis que eu anotava algumas coisas na ficha do menino e um breve silêncio se fez.
A mãe: _ "Doutô, o sinhô é evangéligo?"
Eu, meio sem jeito: _ "Não... É... Por quê?"
Ela: _ "É que parece assim, o jeito..."
Hehehe!
Ai se eu soubesse de tudo que pensam de mim!
Uma das coisas mais surpreendentes pra mim é saber que imagem as pessoas têm de mim. Tanto aquelas que já me conhecem, tanto as que me vêem pela primeira vez.
Sabe aquela quase brincadeira de ver uma pessoa na rua e tentar adivinhar quem ela é, o que faz, onde mora, o que pensa?
Ou então de quando você vai a um médico pela primeira vez, pensar se ele é daquele jeito também fora do consultório.
Ou se um professor também é sádico fora da sala de aula...
Pois bem...
Estava eu ontem num Plantão na Pediatria atendendo uma criança de 2 anos, no colo da mãe que não devia passar dos 20 anos.
Eis que eu anotava algumas coisas na ficha do menino e um breve silêncio se fez.
A mãe: _ "Doutô, o sinhô é evangéligo?"
Eu, meio sem jeito: _ "Não... É... Por quê?"
Ela: _ "É que parece assim, o jeito..."
Hehehe!
Ai se eu soubesse de tudo que pensam de mim!